Postado 23 de setembro de 2021 em Lançamentos por GrandeAdega
Marca de aguardente vínica líder em Portugal chega ao Brasil.
Chegaram ao Brasil aguardentes vínicas únicas, de altíssima qualidade, que trazem em cada garrafa o legado de uma história que começou em 1895: os rótulos da marca Carvalho, Ribeiro & Ferreira, a CR&F. Ingredientes, produção, garrafa e rótulo são detalhadamente pensados para expressar da melhor forma essa especialidade portuguesa da marca líder da categoria no país europeu.
A partir de um método de produção centenário de destilação, controlado por todas as restritas regras de elaboração de aguardentes em Portugal, são criados produtos cheios de aroma, sabor e história, perfeitos para serem consumidos ao fim das refeições. Os três lançados agora no Brasil são Aguardente Vínica Velha CR&F Reserva Extra, Aguardente Velha CR&F Reserva e o Brandy CR&F 1920. A marca pertence ao grupo português João Portugal Ramos.
Elaborado a partir das melhores aguardentes vínicas, o Brandy CR&F 1920 apresenta cor dourado escuro, aromas de caramelo e sabores que lembram baunilha, anis, menta e caramelo. Passa por destilação contínua em coluna de cobre e é envelhecido por, no mínimo, 12 meses em carvalho francês. A graduação alcoólica é de 43% e a embalagem é de 1 litro.
Rica e complexa, é o verdadeiro ícone da casa, uma combinação das melhores aguardentes vínicas envelhecidas pelo método de solera. A embalagem é um charme à parte. Conta-se que havia uma funcionária chamada Dona Beatriz, responsável pelo lacre, em 1950. Ela produzia cada um manualmente. Em homenagem a ela, a marca mantém a confecção da mesma forma. Já as cordas que fecham cada garrafa ficavam aos cuidados do Senhor João Calvário, também naquela década. O objetivo era que o lacre saísse perfeito e assim é feito até hoje: as cordas que cortam o alumínio removem-no perfeitamente após a abertura de cada garrafa. Na degustação, cor topázio escuro, resultado dos 3 anos mínimos de envelhecimento em barricas de carvalho francês. Aromas complexos de madeira nobre e sabores que remetem a cítricos, chocolate preto, frutos secos, caramelo e mostarda. A graduação alcoólica é de 40% e a embalagem é de 700 ml.
Essa aguardente vínica extremamente especial foi lançada em 1980 e tem uma história curiosa. Havia um grande tonel (de 5 mil litros) reservado apenas para os amigos da família. Porém, durante anos ele ficou esquecido, até que em um jantar foi “redescoberto”. Percebeu-se então que o tempo havia amadurecido o líquido e transformado os aromas e sabores em únicos. Todas as garrafas são numeradas e todos os anos é lançada uma edição limitada. Na degustação, apresenta cor topázio escuro, resultado dos cinco anos, no mínimo, de amadurecimento em carvalho francês. Apresenta aromas delicados de madeira e sabores que remetem à madeira e frutas secas. A graduação alcoólica é de 40% e a embalagem é de 700 ml.
O legado da CR&F surgiu em 1895 quando Francisco Ribeiro de Carvalho tornou-se exportador de vinhos e aguardentes em Lisboa. Os negócios deram certo, cresceram e, em 1898, associou-se a ele Manuel Joaquim Ribeiro. Em 1900 foi a vez de entrar para a sociedade um terceiro amigo, Joaquim Nunes Ferreira, fundando o nome Carvalho, Ribeiro e Ferreira, CR&F.
Para a marca, a década de 1940 foi um período de inovação com a construção de um moderno centro de vinificação que representou um grande salto para o setor de bebidas alcoólicas em Portugal, com a mais alta tecnologia da época. Em 1950, nasceu a primeira garrafa de Aguardente CR&F Reserva.
Os anos 1960 representaram o auge da produção, com cerca de 4 mil litros de aguardente Reserva e 400 mil litros da marca 1920, também famosa dentro da casa CR&F. Em 1980, é lançada a Aguardente Vínica Velha CR&F Reserva Extra, na época com rótulos produzidos manualmente com tesouras de alfaiate e garrafas elaboradas a sopro.
No fim da década de 1990, a produção e o envelhecimento passam a ser realizados em Vila Nova de Gaia, na margem oposta à cidade do Porto, no Rio Douro, ao Norte de Portugal. Depois de ter ficado alguns anos nas mãos de multinacionais, em 2016 a CR&F foi adquirida pelo grupo do enólogo João Portugal Ramos.
A matéria-prima para a elaboração da aguardente vínica é o vinho. Na CR&F, o vinho destinado a destilação obedece à rigorosos critérios: as uvas devem ter um baixo teor alcoólico, elevada acidez e algum açúcar residual, além de serem obrigatoriamente todas de castas portuguesas.
Depois que as uvas são transformadas em vinho passa-se ao processo de destilação dupla, em coluna de cobre, o que é sinônimo de alta qualidade. A única “parte” utilizada pelas aguardentes da CR&F é o “coração”, o mais nobre de um destilado.
Posteriormente, são realizadas diversas provas sensoriais para que a personalidade de cada uma das aguardentes seja garantida. Então é feita a seleção dos lotes que seguirão para o envelhecimento. O carvalho permite as melhores condições ao envelhecimento natural, sendo os cascos feitos à mão, em um trabalho cuidadoso.
Em seguida, o blend amadurece pelo método Solera (à semelhança do que acontece na produção e envelhecimento dos brandy espanhóis de Jerez), sendo que a CR&F é a única aguardente em Portugal com aprovação para utilizar este processo que permite a consistência dos lotes que vão sendo engarrafados.