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Poesia engarrafada? A arte por trás de uma boa taça de vinho

Vinho e arte

Afinal, será que podemos classificar os vinhos como obras de artes? Confira o que um pensador do século XX tem a dizer sobre o assunto!

Se você tem alguma familiaridade com a comunidade enófila, com certeza já deve ter ouvido a famosa frase que diz que “um bom vinho é poesia engarrafada”. Essa citação, atribuída a Robert Louis Stevenson, evoca uma imagem poderosa, sugerindo que o vinho, tal como a poesia, poderia capturar e transmitir emoções e histórias, caracterizando-se como expressão artística.

E de fato, quando degustamos um bom vinho, muitas vezes experenciamos sensações que transcendem o simples beber ou consumir, não é mesmo? Mas será que podemos ir além da metáfora proposta por Stevenson e realmente considerar o vinho como uma forma de arte?

A Aura do Vinho

Bebendo vinho
Sombras de uma pessoa bebendo vinho (Foto: Reprodução/Freepiks)

Para explorar essa questão complexa, propomos uma reflexão à luz da filosofia de Walter Benjamin, um pensador alemão do século XX que dedicou grande parte de sua obra à análise da relação entre arte, consumo e experiência.

Em sua obra seminal, “A Obra de Arte na Era de Sua Reprodutibilidade Técnica“, Benjamin discute a ideia de aura, uma qualidade que toda obra de arte possuiria. Vinculada à sua presença em um tempo e espaço específicos, esta conferiria autenticidade à obra de arte, impossibilitando-a de ser completamente replicada.

No caso do vinho, se manifestaria na história por trás de cada garrafa, no terroir único que deu origem às uvas, na paixão e no saber-fazer do enólogo e sua equipe. Os vinhos da enóloga Fillipa Pato, por exemplo, são muito únicos. Produzidos através de métodos orgânicos e biodinâmicos, os rótulos são particulares mesmo entre si e ressaltam as diversas nuances da região da Bairrada.

Na prática, podemos dizer que, assim como uma pintura ou uma escultura, um vinho é uma expressão única de sua origem, uma captura do tempo e do lugar de onde veio.  Assim sendo, uma safra específica de um vinho, produzida em condições climáticas únicas e sob o cuidado de vinicultores dedicados, nunca pode ser totalmente replicada, mesmo com os mesmos métodos e uvas. Cada vinho é, portanto, único!

Um exemplo prático disso é o Vinho Triunvirato nº 7, que traz um número diferente a cada safra, fazendo com que cada experiência seja única.

Menos é mais?

Filipa Pato
Filipa Pato e o marido William Wouters (Foto: Reprodução/g1)

Traçando mais alguns paralelos, Walter Benjamin também discute o impacto da reprodução e da produção em série da arte. Para ele, embora a aura das obras seja diluída a partir dessa massificação, o acesso a elas se expandiria, tornando-as mais democráticas.

Falando sobre os vinhos, essa democratização se traduz na crescente acessibilidade a diferentes estilos, origens e faixas de preço, mas também traz novos desafios. Fica cada vez mais difícil decidir qual vinho comprar e é aí que lojas e e-commerces com uma curadoria de especialistas ganham relevância, como a própria Grande Adega.

Diante de tudo isso que abordamos, será que podemos dizer que os vinhos artesanais, de pequena produção, são superiores aos demais? Não necessariamente! Isso porque, assim como nas artes clássicas, a percepção do valor e da qualidade pode variar enormemente entre os indivíduos. Aliás, outro ponto que temos que ter em mente é que chamar algo de arte ou obra de arte não é necessariamente algo positivo ou negativo.

Alguns rótulos até brincam com essa ideia, caso do Ceppaiano Violetta IGT Toscana, que traz uma ilustração da artista Violetta Viola estampada em seu rótulo. Já os Vinhos Sexy Fish da Bodega Norton apostam no surrealismo, propagando a ideia de que “não precisamos entender para apreciar um vinho”.  Mesma coisa na arte!

Não beba, deguste!

Vinho e arte
Mulher bebendo vinho (Foto: Reprodução/Pexels)

Enfim, ao degustar seu próximo vinho, tente refletir sobre a jornada que aquela garrafa percorreu até chegar à sua taça. Considere o terroir, a história, o trabalho e a paixão envolvidos na sua criação. Talvez, assim, você descubra novas camadas de apreciação e, quem sabe, concorde com Stevenson que um bom vinho é, de fato, poesia engarrafada.

Não sabe por onde começar? Conheça os grandes vinhos da Grande Adega!