Postado 21 de novembro de 2022 em Você Sabia? por GrandeAdega
Uma variedade que já foi considerada extinta, a uva Carmenère se destaca pela complexidade de seus vinhos e tem sua maior expressão no Chile. Quer saber mais? Confira!
Cruzamento da Cabernet Franc com a Gros Cabernet, a Carmenère originou-se na região de em Bordeaux, na França. Ela foi considerada extinta pela filoxera por muito tempo, mas, contrariando quaisquer expectativas, ela sobreviveu. Foi só em 1994 que descobriram que a variedade estava “firme e forte” no Chile, sendo confundida com a Merlot desde o século XIX, quando fora importada. A confusão aconteceu exatamente pelas características semelhantes de ambas e, segundo pesquisadores, foi só depois de uma análise rigorosa das folhas da videira que a Carmenère foi identificada. Na verdade, se não fossem as barreiras naturais chilenas impedindo a proliferação da filoxera, é bem provável que a uva nem existisse mais atualmente.
Esta casta, que fazia parte do corte bordalês antes mesmo da Cabernet Sauvignon, dá origens a vinhos marcantes e estruturados, encontrando sua identidade na América do Sul, onde garante cores profundas e aromas herbáceos para tintos. Em climas mais frios, é bem comum que apareçam aromas de pimentão e framboesa, enquanto nos mais quentes, destacam-se a ameixa-preta e outras frutas escuras.
Curiosamente, mesmo depois do controle da filoxera, o Chile continua sendo o principal produtor de Carmenère no mundo, sendo impossível desvincular a imagem da uva do país. Para que você possa experimentar todo o potencial desta variedade, trouxemos uma seleção especial de vinhos chilenos.
Vinho elaborado com uvas Carmenère selecionadas no Vale Central. O vinho é engarrafado jovem para conservar suas características frutadas. Possui aromas que lembram frutas negras maduras com notas de canela. Em boca, é macio, elegante e saboroso.
As uvas se originam no vinhedo Villa Alegre, no Vale do Maule, a 258 quilômetros de Santiago. O solo de origem vulcânica e o estilo mediterrâneo do clima são diferenciais para a elaboração desse exemplar. Apresenta aromas de frutas vermelhas frescas, com notas de ameixas em compotas e pimentas. É equilibrado, com taninos macios e adocicados.
Do Vale Central, apresenta aromas de frutas vermelhas e pretas. Em boca, Frutas apresenta corpo médio, taninos macios e têm boa persistência.
Com uvas do Vale do Rapel, o vinho tem aromas de frutas negras, como amoras, e toques de especiarias. Em boca, é seco, equilibrado e com taninos delicados e suaves.
Vinho elaborado com uvas Carmenère selecionadas no Vale do Rapel. Possui aromas minerais com toques de ervas, especiarias, mirtilo e cerejas. Em boca é seco, encorpado, possui boa acidez, taninos finos, final longo e equilibrado.